quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Edifício


A atual sede do MASP foi erguida pela Prefeitura de São Paulo, e inaugurada em 1968, com a presença da soberana britânica, rainha Elizabeth II. É uma das principais obras da arquitetura modernista no país. O edifício foi erguido no terreno do antigo Belvedere do Trianon, na Avenida Paulista, de onde se avistava o centro da cidade e a serra da Cantareira. O doador do terreno à prefeitura, o engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, construtor da avenida Paulista e precursor do urbanismo no Brasil, havia vinculado a doação do terreno à municipalidade ao compromisso expresso de que jamais se construiria ali obra que prejudicasse a amplidão do panorama. Desse modo, o projeto exigia ou uma edificação subterrânea ou uma suspensa. A arquiteta Lina Bo Bardi e o engenheiro José Carlos Figueiredo Ferraz, optaram por ambas as alternativas, concebendo um bloco subterrâneo e um elevado, suspenso a oito metros do piso, através de quatro pilares interligados por duas gigantescas vigas de concreto. Sob eles, estendia-se o que foi considerado uma ousadia: o maior vão-livre do mundo à época, com extensão total de 74 metros entre os apoios, afirmando a técnica do concreto protendido no país.
No edifício de aproximadamente 10.000 metros quadrados, há, além dos espaços expositivos e da pinacoteca, biblioteca, fototeca, filmoteca, videoteca, dois auditórios,restaurante, loja, oficinas, ateliê, espaços administrativos e reserva técnica. O acabamento é simples. "Concreto à vista, caiação, piso de pedra-goiás para o grande Hall Cívico, vidro temperado, paredes plásticas. Os pisos são de borracha preta tipo industrial. O Belvedere é uma ‘praça’, com plantas e flores em volta, pavimentada com paralelepípedos na tradição ibérico-brasileira. Há também áreas com água, pequenos espelhos com plantas aquáticas",descreve Lina Bo Bardi, afirmando: "Não procurei a beleza. Procurei a liberdade." Em 2003, o edifício foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
No que diz respeito à museografia, Lina Bo Bardi inovou ao utilizar lâminas de cristal temperado amparadas por um bloco de concreto aparente como base para as pinturas. A intenção é imitar a posição do quadro no cavalete do artista em seu ateliê. Essas bases, que atualmente não são mais utilizadas, traziam no verso dos quadros pranchas com informações sobre o pintor e a obra. Paradoxalmente essa forma de exibição deixa de ser adotada pelo MASP no momento em que, no fim dos anos 1990, ela passa a ser estudada internacionalmente.
Entre 1996 e 2001, a atual administração do museu empreendeu uma ampla e polêmica reforma. Não obstante as necessárias obras de reprotensão das vigas de sustentação, recuperação estrutural e impermeabilização da cobertura, o arquiteto e ex-diretor do museu, Júlio Neves, determinou a troca do piso original, escolhido por Lina Bo Bardi, a instalação de um segundo elevador, a construção de um terceiro subsolo e a substituição dos espelhos d’água por jardins. Muitos arquitetos apontam que as reformas causaram uma profunda descaracterização do projeto original de Lina.

Visita ao Museu

Fizemos uma visita ao museu. E adoramos lá tudo e simplesmente fascinante, tem obras maravilhosas uma mais linda que a outra, você fica de boca aberta. E um museu magnífico. Recomendo a todos irem lá.








Acervo

LUGARES, ESTRANHOS E QUIETOS traz 23 fotos inéditas do cineasta alemão WIM WENDERS. Até 9/01/2011.    
            WIM WENDERS
LUGARES, ESTRANHOS E QUIETOS            
            Período:
21 de outubro de 2010 a 16 de janeiro de 2011
Exposição de fotos inéditas do cineasta alemão Wim Wenders é um dos destaques da programação da 34ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Intitulada Lugares, Estranhos e Quietos, a exposição de Wenders acontece no MASP a partir do dia 21 de outubro de 2010, em cartaz até 9 de janeiro de 2011.
São 23 fotografias inéditas do cineasta, trazendo imagens de diferentes cidades ao redor do mundo: São Paulo e Salvador, no Brasil; Tóquio, no Japão; Berlim, na Alemanha. Fotografias de cidades de Israel, Armênia e Estados Unidos também fazem parte da exposição. As imagens serão exibidas em tamanhos que vão de   125 x 124 cm até 447 x  178 cm, no 1º andar do Masp.

DEUSES E MADONAS - A ARTE DO SAGRADO apresenta o universo do sagrado na cultura ocidental através de 40 obras de mestres dos séculos 14 ao 19. Em cartaz a partir de 15/10.      
            EXPOSIÇÃO DO ACERVO MASP
DEUSES E MADONAS - A ARTE DO SAGRADO
            Período:
15 de outubro de 2010 a 16 de janeiro de 2011
Uma obra-prima de um mestre do Renascimento e uma instalação do artista brasileiro contemporâneo Eder Santos são os destaques de Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado. São Jerônimo Penitente no Deserto, que o jovem Andrea Mantegna concluiu em 1451 e foi uma das principais obras na maior retrospectiva do autor, realizada em 2008 em Paris, no Louvre, está de volta ao MASP depois de restaurada pela equipe do museu francês. E O Julgamento de Páris, feita entre 1710 e 1720 pelo mestre do Rococó italiano Michele Rocca, recebe uma leitura contemporânea do videoartista Eder Santos, que recorreu à tecnologia dos televisores LED tridimensionais para mostrar sua versão sobre a obra de Rocca.
            Concebida pelo curador Teixeira Coelho a partir de 40 obras-primas do acervo do museu, a maioria do século 14 ao 19, Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado traz ainda El Greco (Anunciação, de 1600);  Delacroix (As quatro estações, c.1856);  Botticelli (Virgem com o Menino e São João Batista Criança, c.1490); Tintoretto (Ecce Homo ou Pilatos Apresenta Cristo à Multidão, c.1546); Rafael (A Ressurreição de Cristo, 1499-1502), entre outras



SE NÃO NESTE TEMPO - PINTURA ALEMÃ CONTEMPORÂNEA 1989-2010 reúne 83 obras de 26 artistas, até 9 de janeiro de 2011 no MASP (Imagem: Daniel Richter, Phienox, 2000).
            SE NÃO NESTE TEMPO
PINTURA ALEMÃ CONTEMPORÂNEA: 1989-2010

            Período:
19 de setembro de 2010 a 09 de janeiro de 2011

A pintura produzida nas duas últimas décadas na Alemanha reunificada, pós-Muro, chega ao Brasil em setembro, em meio à Bienal Internacional de Arte de SP. Se Não Neste Tempo – Pintura Alemã Contemporânea: 1989-2010, especialmente concebida para o MASP pelo curador Teixeira Coelho e pela brasileira radicada na Alemanha Tereza de Arruda, traz 83 obras de 26 expoentes da arte produzida em Berlim, Leipzig, Dresden, Hamburgo, Düsseldorf, Munique e Karlsruhe.



Rosas num Copo, Jean-Baptiste-Camille Corot, é uma das obras do acervo MASP na exposição ROMANTISMO - A ARTE DO ENTUSIASMO, em cartaz a partir de 5/02/2010    
            ACERVO DO MASP
ROMANTISMO: A ARTE DO ENTUSIASMO

            Período:
A partir de 5 de fevereiro, sem previsão de encerramento, exposição do acervo MASP

Ao todo, 63 artistas estão na mostra, entre eles El Greco, Bosch, Turner, impressionistas como Gauguin, Van Gogh, Renoir, Monet e Manet e modernos e contemporâneos como Dali, Rodin, Matisse, Amélia Toledo, León Ferrari e Marcelo Grassmann. Neste link, veja a relação de artistas e obras em nove grupos propostos pela curadoria, integrada também pelo curador adjunto Denis Molino.
            A Natureza, o Corpo, as Paixões, a Paisagem Urbana, o Imaginário. Estes e outros temas caros ao pensamento contemporâneo norteiam Romantismo – A arte do entusiasmo, exposição que o curador Teixeira Coelho concebeu a partir do acervo do MASP para o ano de 2010. Ao todo, 79 obras-primas foram escolhidas e, divididas em nove seções, serão apresentadas ao público num painel que reúne alguns dos maiores gênios da pintura do final do século 15 aos dias de hoje. 
A mostra conta com o patrocínio do Banco PSA Finance Brasil e apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.



A exposição OLHAR E SER VISTO exibe retratos e auto-retratos do Acervo do MASP, entre eles O Escolar, de Van Gogh       
            EXPOSIÇÃO DO ACERVO MASP
OLHAR E SER VISTO - RETRATOS E AUTO-RETRATOS

            Período:
A partir de 21 de julho de 2009 - sem previsão de encerramento, Acervo MASP

Olhar e Ser Visto celebra a arte do retrato e do auto-retrato do século XVI aos nossos dias. São telas, fotografias, esculturas, desenhos e gravuras, tornando possível perceber as diversas transformações na representação pelas quais a efígie passou ao longo dos anos. Nesta nova concepção da exposição - organizada em 2008 em comemoração aos 60 anos do MASP - o público tem a oportunidade de admirar 50 retratos e auto-retratos de mestres da pintura como Rembrandt, Van Gogh, Goya, Portinari, Velázquez, Picasso, Modigliani, entre outros.







Curiosidades sobre o MASP

Livro Meu Museu 


Ao idealizar a nova sede, a arquiteta modernista italiana Lina Bo Bardi preocupou-se em não estragar a vista para o centro da cidade. Por isso, o MASP foi projetado com o famoso “vão livre” e, para a personagem do livro “Meu Museu”, ficou parecendo mais um prédio suspenso e “deitado” na horizontal.


Escrito por Maísa Zakzuk, o livro “Meu Museu” narra de maneira bem divertida a primeira visita de uma garotinha ao MASP. Levada pelos pais, ela fica intrigada: “Museu não é aquele lugar que só tem coisas velhas?”. Ao longo do passeio, ela acaba descobrindo que a resposta é sim…e não!


Inauguração do Museu 


MASP (Museu de Artes de São Paulo Assis Chateuabriand) mudou-se para o número 1.578 da Av. Paulista no dia 7 de novembro de 1968. Antes, o museu – idealizado pelo empresário Assis Chateaubriand e o crítico de arte  Pietro Maria Bardi – ficava no centro da cidade.
Entre os convidados de honra para a inauguração do novo prédio estava a Rainha da Inglaterra, Elizabeth II. Aliás, os inúmeros reunidos para ver a rainha pararam a avenida Paulista, o que atrasou o início do evento.

Algumas Obras

São Francisco recebendo os estigmas 1600. Cândia,Creta , Grécia c.1541 - Toledo,Espanha 1614.

Deve se aos românticos, de meados do século XIX, a redescoberto de El Greco, olvidadda desde a morte do pintos, em 1616.
Théophile Gautiere considera, por exemplo, prefigurador do movimento romântico por encarnar a "loucura do gênio".
Tratando da experiência do favor místico, El Greco plasma aqui São Francisco num ambiente tenebrista onde a luz divina fulgura através de relampejos metálico.
Segundo seu conteporâneo San Juan de la Cruz , trata-se da "noite e escura".Contemplação purificadora que permite a ascese do espírito do divino.

Pablo Ruiz Picasso
Málaga, Espanha 1891 – Maugins ( Cannes), França 1973.
Retrato de Suzanne Bloch 1904, Óleo sobre tela 66 x 54,6 cm



Essa pintura é quase monocromática e num azul cuja melancolia é enfatizada pelo rosto da modelo. Essa modelo parece estar calma e seria, e com um olhar bem centrado

Lavrador de Café, Cândido Portinari 1939


É uma bela obra de um homem lavrando café, descalço, com milhares de plantações ao fundo da obra. 100x81 cm oleo sobre tela.
     Na minha opinião, o artista quis demonstrar o sofrimento do povo que sobrevive disso, lavradores de café, cortadores de cana, etc. Ele faz uma obra muito realística de como é a vida dos lavradores de café.

Emiliano Algusto Cavalcanti di Albuquerque Melo Cinco Moças de Guaratinguetá, 1930


Óleo sobre tela 91 x70,6cm. Foi doado ao museu por:Frederico Barata.
     Para mim representa um grupo de amigas que como de costume compartilham segredos e falam da vida alheia!

(Limoges, frança 1841-1919 Pierre Auguste Renoir)
Menina com as espigas-menina com flores, 1888



Girl with flowers, 1888
Oleo sobre tela
65* 54 cm
Doação: santos vahlis
            Escolhi essa obra porque ela traz  a tranquilidade do campo e a doçura de uma criança e os detalhes dos olhos e de toda a preocupação que o pintor teve .

Pierre august renoir
Limoges, frança 1841, cagnes, frança 1919


Retrato de marthe berárd 1879
            Portrait of marthe berárd 1879  
            óleo sobre tela
            131*77 cm
            Doação: grupo de canadenses amigos do masp.
            Essa pintura me chamou a atenção por se tratar de uma simples menina que o pintor teve o maior cuidado com os mínimos detalhes da roupa do cabelo que o fundo vazio nem deu tanta importância porque a menina já é bem chamativa.

O Escolar(Ofilho do carteiro- Gamin ou Képi) 1888)  Vicente Van Goch
Óleo sobre tele 64x54,5









Essa obra na minha opinião e muito linda. Nela você vê bem como o menino está concentrado, como se estivesse na escola mesmo prestando bastante atenção na aula, gostei do rosada nas maças do rosto onde o deixa com um ar mais saúdavel.




Historia do Museu do MASP



Fundado em 1947, o MASP foi idealizado por Assis Chateaubriand, empresário e jornalista, e Pietro Maria Bardi, jornalista e crítico de arte italiano. A princípio, instalou-se em quatro andares do prédio dos Diários Associados, império de Chateaubriand formado por 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 estações de televisão, editora e a revista O Cruzeiro.
As primeiras obras de arte do museu foram selecionadas pessoalmente por P. M. Bardi na Europa do pós-guerra, em suas inúmeras viagens às principais capitais culturais com Chateaubriand.
Chatô, como era chamado, usava seu prestígio político-empresarial entre os grandes empresários da época para arrecadar os recursos para a aquisição das obras.
Como São Paulo era na época a grande capital financeira, principalmente devido a circulação do dinheiro das indústrias e do café, decidiu-se que o MASP seria construído nesta cidade.
A nova sede, na próspera Avenida Paulista, foi projetada por Lina Bo Bardi. Foram 12 anos entre projeto e execução. Lina trabalhou sob uma condição imposta pelo doador do terreno à prefeitura de  São Paulo: a vista para o Centro da cidade e para a Serra da Cantareira teria de ser preservada, através do vale da avenida 9 de Julho.
Fundado em 1947, o MASP foi idealizado por Assis Chateaubriand, empresário e jornalista, e Pietro Maria Bardi, jornalista e crítico de arte italiano. A princípio, instalou-se em quatro andares do prédio dos Diários Associados, império de Chateaubriand formado por 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 estações de televisão, editora e a revista O Cruzeiro.
As primeiras obras de arte do museu foram selecionadas pessoalmente por P. M. Bardi na Europa do pós-guerra, em suas inúmeras viagens às principais capitais culturais com Chateaubriand.
Chatô, como era chamado, usava seu prestígio político-empresarial entre os grandes empresários da época para arrecadar os recursos para a aquisição das obras.
Como São Paulo era na época a grande capital financeira, principalmente devido a circulação do dinheiro das indústrias e do café, decidiu-se que o MASP seria construído nesta cidade.
A nova sede, na próspera Avenida Paulista, foi projetada por Lina Bo Bardi. Foram 12 anos entre projeto e execução. Lina trabalhou sob uma condição imposta pelo doador do terreno à prefeitura de  São Paulo: a vista para o Centro da cidade e para a Serra da Cantareira teria de ser preservada, através do vale da avenida 9 de Julho.
Ao longo de sua história, o museu foi ponto de partida de outras   instituições, como a ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing, cujas atividades foram iniciadas no museu, a escola de artes da FAAP e a Mostra Internacional de Cinema, cuja idéia também nasceu no MASP. Os filmes da mostra eram exibidos com exclusividade no museu em seus primeiros anos.
Na reforma de 1997, o prédio recebeu um terceiro andar subsolo, onde está hoje a reserva técnica, moderno espaço que abriga as peças do acervo enquanto não estão em exposição.
Em 2007, o MASP teve sua coleção reorganizada em 4 grandes exposições, pelo curador coordenador do museu, Prof. Teixeira Coelho, em comemoração aos 60 anos do museu. 
O museu vem proporcionando ao público brasileiro, desde sua fundação, centenas de exposições de artistas estrangeiros e grandes exposições internacionais, através do Intercâmbio de obras com diversos museus no mundo e o patrocínio de empresas parceiras, e permanentemente apresenta as obras dos artistas radicados no Brasil através de uma visão contemporânea da produção atual de todas as manifestações artísticas.